Ao que parece, o ciúme gira em torno da insegurança, se manifesta em uma postura de possessividade, excesso de controle sobre o parceiro, desconfiança e muitas vezes acompanhada de raiva e angustia.
Esta postura ciumenta é um a busca continua por segurança emocional, está relacionado à baixa estima, falta de confiança e insegurança. É comum que um histórico de experiências negativas nos relacionamentos anteriores potencialize esta postura.
Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-2002), é um Transtorno Delirante Paranoico centrado na obviedade sem motivo evidente ou justo de que está sendo traído ou enganado pelo parceiro(a).
Alguns dos sintomas mais comuns deste ciúme obsessivo são:
Presença de pensamentos como traição e abandono;
Obsessão por evidências que apontem uma traição;
Medo excessivo de perder parceiro(a),
Constante vigilância dos pensamentos, gestos e atitudes do parceiro(a);
Invasão da privacidade e individualidade;
Controle e manipulação excessiva do dia a dia do companheiro(a);
Interferência nas amizades, família, trabalho e profissão;
Distorção da realidade, levando a conclusões sem sentido;
Disfunções fisiológicas como a Insônia, agitação, ansiedade ou depressão;
Tristeza e angustia quando distante do parceiro(a)
Mas é necessário um olhar mais apurado e sistêmico sobre a questão.
Esta postura pose ser derivada de uma aprendizagem no período da infância, muito influenciada pelos tutores/pais que apresentam uma relação de ciúme.
Quando algo é entendido como comum e natural, não pode ser conscientemente identificado, como é o caso de uma criança que nasce em um núcleo onde o ciúme é parte da dinâmica relacional dos pais/tutores. Essa criança cresce sem ter a plena consciência de que é fruto de uma relação de ciúmes, portanto, projeta esta postura aprendida nas relações afetivas quando adulto, sem se dar conta de tal.
Este aprendizado também pode surgir como uma postura de aprendizado em uma dinâmica de competição com um dos pais, irmãos, ou aquele que represente uma ameaça ao refinado cuidado da figura de afeto mais próxima. A criança configurada em uma relação de afeto inseguro ou ambivalente (ora seguro, ora inseguro), onde não sente total apoio e confiança nos cuidadores, pode levar esta bagagem para as relações afetivas no futuro.
Ainda existem questões sistêmicas ocultas, inconscientes, que podem ser precursoras do ciúme exagerado, como fidelidade ao padrão de origem, busca pelo ajuste de desequilíbrios relacionados aos ancestrais , dentre outras dinâmicas em que o ciumento força através do próprio ciúme, que o parceiro cumpra com este desejo oculto de ser traído, e paga o preço com o cumprimento da própria ''professia''.
O mais indicado para estes casos é uma terapia que abarque todos estes domínios que envolvem o indivíduo, o self (percepção de si interiormente), o comportamento e o sistema de origem familiar e social (coletiva e contextual).
A terapia Integral sistêmica é voltada para integrar todos estes aspectos do ser e permitir que a tomada de consciência transforme as emoções, pensamentos e a postura diante as relações.
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