Tic....Tac
Tic....Tac
parece uma eternidade cada segundo que ensurdece o aflito sente o oco do lado de dentro, uma casca fúnebre que envolve a expectativa sem valor.
aparente silêncio que murmura os ventos e trovões, no topo da onda prestes a desabar.
a alma grita diante da queda, consecutivo estrondo vibrante, enche os olhos de fulgor e estanca o sopro quente.
a pele em choque formiga, ouriçando as fronteiras da vestimenta surrada pelas badaladas do relógio.
Tic....Tac
Tic....Tac
naquele que testemunha quem observa, não há som, não há nada, o verdadeiro vazio do silencio eterno.
não há ser, ou não ser, o silencio afirma a presença incorpórea daquilo que é.
a nota, a melodia, o fio roçando a corda são o instrumento, o musico e o maestro.
Silêncio......Silêncio
o tempo esvai em braçadas no esmo, a correnteza carrega tudo que se opõe ao fluxo eminente
o fio da navalha separa a morte da suposta vida mal vivida, repleta de coisas, sentidos alheios, desejos reprimidos
o oco bate à porta anunciando a foice gélida, o termo, o abismo do sem sentido, do desconexo consigo
Silêncio.....Silêncio
O horizonte se expande a mediada que avanço, o fim das batidas marcam o limite do azul que toca o azul.
as duas potestades se reafirmam a medida que avanço, o tempo recua
sempre fui a onda, a tormenta, o vazio, o silencio, sem me dar conta que tudo é presença.
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